Misoginia

O Feminicídeo como Fruto da Misoginia
Vadia. Termo inapropriado decorrente do machismo. Adjetivo usado para justificar estupros e exercícios misóginos. A constituição de 1934 instaurada por Getúlio Vargas assegurou o direito ao voto as mulheres que antes sequer gozavam de direitos políticos constitucionalistas. Contudo, apesar dessa e outras transformações que caminham em direção a contemporaneidade, a mulher ainda é veiculada a estereótipos sexistas. Desse modo, a socialização do machismo contribui contundentemente para o aumento do descrédito conferido á mulher e paralelamente expande o feminicídeo: A morte em questão de gênero.
Essa atitude, por sua vez, causa descontentamento de mulheres que ainda hoje lutam contra o preconceito. Os homens acreditam que em razão do gênero, elas necessitam seguir padrões predefinidos pela sociedade; o de ser linda, agradável, puritana e sem opiniões hostis, de modo que se tornem totalmente submissas a eles. Assim, quando as mulheres fogem ao pseudônimo domável, os homens as agridem chegando até mesmo a matá-las. Vê-se que, uma vez que a sociedade prioriza atos masculinos não é possível que mulheres sigam-na, pois, sujeitar-se-iam a conformidade. Na posição de seres humanos e diante a lei ambos são iguais e, portanto, deveriam ser tratados da mesma maneira.  
Não obstante, essas leis políticas e moralistas não são respeitadas. Reflexo disso foi o maior caso de misoginia já registrado no Brasil, o feminicídeo de Eloá. A menina foi seqüestrada, presa e morta por seu ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento. Desse modo a violência física e verbal a mulher torna-se cada dia mais corriqueira. Algo normal como o término de um namoro trouxe conseqüências incalculáveis para a menina. Esse ato desprezível traduz-se basicamente em uma frase: A liberdade dada ao homem no exercício de seu machismo.
Portanto, a masculinidade exacerbada caracteriza o atual estado social brasileiro. Até mesmo mulheres inconscientemente a exercitam, de modo que a mesma infiltra-se em suas mentes de modo subliminar. Assim quando conseguem a notar, não podem mais dizimá-la. Políticas educacionais em relação á sexualidade feminina poderiam ser criadas, como a penalização a piadas sexistas e ao preconceito verbal. Do mesmo modo, protestos populares como a marcha das vadias, onde são questionados estereótipos sexistas poderiam ser administrados pela população. Com tudo isso a base da educação dos futuros brasileiros será fundamentada na conscientização da igualdade de gênero, contornando, portanto, o termo animalesco designado as mulheres: Vadia.


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